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terça-feira, 23 de novembro de 2021

Uma carta de Antonio Candido

 Quando postei há poucos dias uma divagação sobre dois parágrafos do livro "Formação da literatura brasileira", deixei-me levar pelo fluxo da memória e referi uma visita que fiz a Antonio Candido, na qual ele me mostrou a sua bilaquiana e declamou de cor vários versos do poeta. Contei também que eu ali lhe fiz uma observação sobre o apagamento do parnasianismo na historiografia moderna brasileira. O que eu me esqueci de contar foi que o assunto já tinha surgido antes e que eu lhe havia exposto um projeto que não foi adiante, de uma antologia que apresentasse, de modo integrado, aquele período na literatura brasileira e na portuguesa. Na verdade, era um projeto mais ambicioso. Eu julgava poder modalizar aquela famosa afirmação dele, a de que, a partir do Modernismo, ignorávamos simplesmente Portugal. Mas deixei de lado o projeto, para nunca mais, e segui o seu conselho de fazer logo o doutorado.

Agora que encontrei mais esta carta, penso que ela pode ser interessante para quem quer que se ocupe da obra do Professor, ao menos como curiosidade.



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