domingo, 12 de outubro de 2025

Entrevista a Thomaz Albornoz Neves - Especiaria

 

Thomaz Albornoz Neves escreveu:Encontrando Franchetti para a Especiaria

Construir uma entrevista, nos termos que me proponho nessa série para a Especiaria, exige, mais que mergulhar na obra do entrevistado, encontrar perguntas que permitam entrar no que vem antes de cada livro, é dizer, na pessoa que está antes do escritor.
Não é fácil, confesso, evitar as aproximações convencionais às questões literárias tendo por assunto a criação literária. Não é fácil saber até que ponto sou bem-sucedido. Expresso aqui a minha intenção, não o que alcancei realizar.
Outra preocupação que trago à revista é escolher autores da minha geração, é dizer, autores cuja formação moderna enfrenta um mundo que hoje se desmancha não tanto no ar quanto na rede. Assim foi com o espanhol Misael Ruiz, com o uruguaio Rafael Coutoisie e é agora com o nosso Paulo.
De resto, não é demais mencionar que quando esses poetas falam de si iluminam o seu tempo. Para ler a entrevista completa clique no link.
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Paulo Elias Allane Franchetti (Matão, 1954) é um crítico literário, escritor e professor brasileiro, titular no Departamento de Teoria Literária da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). É mestre pela Unicamp, doutor pela USP e livre-docente pela Unicamp. De 2002 a 2013 dirigiu a Editora da Unicamp. Aposentou-se em 2015.
Apesar da apresentação de verbete, suspeito ser o poeta em Franchetti quem rege seus interesses. Como se a poesia fosse o substrato da sua crítica, docência, editoria e tradução. Mas não apenas. Paulo Elias se desdobra, tem, inclusive, outros nomes. Notável haijin brasileiro, foi batizado “Ento” por seu padrinho no ofício, o japonês H. Masuda Goga, ocasião em que se tornou quarto grau na linhagem direta de Shiki. Já para a sua comunidade H.O.G., é Papito Rider, o motociclista autor de Viagens Longas de Motocicleta: Um manual prático para iniciantes (Casa Publicadora Brasileira, 2021) e de A Mão do Deserto (Ateliê Editorial, 2021), memória dos 11 mil kms percorridos de São Paulo ao deserto de Atacama.
Não é um mau instantâneo esse: o último da linhagem de Shiki sendo mais um capacete no comboio de V-Twins.
p.s.
Além disso tudo é um amigo querido.


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