Isto estava em um caderno muito antigo. Manuscrito, em péssima letra, de leitura tão árdua que não garanto a fidelidade nem a autoria.
Trazia ainda uma palavra feia, que tratei logo de ocultar para menor ofensa ao leitor.
O verso 12 foi o mais obscuro, de decifração mais difícil, dada a condição do material.
A lição deste texto é a do Alcir, a quem pedi socorro.
A minha dizia: Que coragem te dê no que restou.
Ó bárbara criatura, ó desprovida:
“Se em cada verso meu onde c*g*ste
Uma rosa se erguesse numa haste
Seria esta clepsidra bem florida!”
- De nada valem reis ou marafonas
Em teu socorro virem com asnices:
Não há como ocultar tuas sandices,
Não há como esconder um Amazonas.
E se vires que possas afogar
Alguma inveja no bestunto teu,
Roga ao Deus que teu cérebro encurtou
Que fé te dê no pouco que sobrou
Pra confessar que no trabalho meu
Cuspindo disfarçaste o chupitar.